Soneto ao Poeta...
Trazei-me papel, tinta e pena...
Escreverei o que se passa em meu coração...
Pois que sou poeta e a mim só resta escrever...
Trazei-me tinta e pena...
Escreverei sobre minha carne...
Pois que sou poeta e a mim só resta escrever...
Trazei-me uma pena...
Escreverei com minhas lagrimas sobre a rocha...
Pois que sou poeta e a mim só resta escrever...
Trazei-me uma migalha de amor,
Um reflexo da lua, a chama de uma paixão,
Uma saudade, um espinho pregado numa flor
Onde possa furar o indicador...
Escreverei com esses dedos embebidos em sangue
Sobre as paredes de minha alma...
Pois que sou poeta e a mim só resta escrever...
(SamisXela)
sexta-feira, outubro 23, 2009
sexta-feira, outubro 09, 2009
Pequeno Esclarecimento
Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio em que escrevo e em que tu me lês.
Mário Quintana
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