domingo, dezembro 30, 2007

El Desdichado II

Eu sou o Tenebroso, o Irmão sem irmão,
o Abandono, Inconsolado,
o Sol negro
da melancolia

Eu sou Ninguém, a Calma sem alma
que assola, atordoa e vem
No desmaio do final de
cada dia

Eu sou a Explosão, o Exu, o Anjo, o Rei
O samba-sem-canção, o Soberano
de toda a alegria que existia

Eu sou a Contramão da contradição
Que se entrega a Qualquer deus-novo-embrião Pra
traficar
o meu futuro por um inferno mais tranquilo

Eu sou Nada e é isso que me convém
Eu sou o sub-do-mundo e o que será
que me detém?

Eu sou o Poderoso, o Bãm-bãm-bãm,
o Bão! Eu sou o sangue,
não!Eu sou a Fome! do homem
que come na brecha da mão de quem vacila
Eu sou a Camuflagem que engana o chão
A Malandragem que resvala de mão em mão
Eu sou a Bala que voa pra sempre, sem rumo,
perdida

Eu sou a Explosão, o Exu, o Anjo, o Rei
Eu sou o Morro, o Soberano, a Alegoria
que foi a minha vida

Eu sou a Execução, a Perfuração
O Terror da próxima edição dos jornais
Que me gritam, me devassam e me silenciam.

Lobão

quinta-feira, dezembro 27, 2007

A vida é doce

Com a mesma falta de vergonha na cara eu procurava alento no
Seu último vestígio, no território, da sua presença
Impregnando tudo tudo que
Eu não posso, nem quero, deixar que me abandone
Não posso, nem quero, deixar que me abandone
Não posso, nem quero, deixar que me abandone não

Com a mesma falta de vergonha na cara eu procurava alento no
Seu último vestígio, no território, da sua presença
Impregnando tudo tudo que
Eu não posso, nem quero, deixar que me abandone
Não posso, nem quero, deixar que me abandone
Não posso, nem quero, deixar que me abandone não

São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram tão depressa,
Tão depressa, tão depressa

São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram depressa, depressa demais

A vida é doce, depressa demais.
A vida é doce, depressa demais.
A vida é doce, depressa demais.

E de repente o telefone toca e é você
Do outro lado me ligando, devolvendo minha insônia
Minhas bobagens, pra me lembrar que eu fui a coisa mais brega
Que pousou na tua sopa. Me perdoa daquela expressão pré-fabricada
De tédio, tão canastrona que nunca funcionou nem funciona

E de repente o telefone toca e é você
Do outro lado me ligando, devolvendo minha insônia
Minhas bobagens, pra me lembrar que eu fui a coisa mais brega
Que pousou na tua sopa. Me perdoa daquela expressão pré-fabricada
De tédio, tão canastrona que nunca funcionou nem funciona

me perdoa a vida é doce
me perdoa a vida é doce
Me perdoa, me perdoa, me perdoa

São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram tão depressa,
Tão depressa, tão depressa

São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro
No presente que tritura, as sirenes que se atrasam
Pra salvar atropelados que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam, que viveram depressa, depressa demais

A vida é doce, depressa demais
A vida é doce, depressa demais...

Lobão

sexta-feira, dezembro 21, 2007

O espelho


O meu amor e eu somos idênticos, somos tão iguais que não temos nada haver.

O meu amor e eu somos como uma imagem refletida num espelho, um reflexo perfeito de uma imagem espelhada refletida ao avesso.



Ederson R. Zanchetta - 21 de dezembro de 2007

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Friends

Amigos
(Page/Plant)

Luz clara quase cegando
A noite escura, presente ainda brilhando
Não posso parar, continuo escalando
Buscando aquilo que eu sabia

Eu tinha uma amiga, ela me falou certa vez
"Você tem amor, você não está só"
Agora ela se foi e me deixou apenas
Buscando aquilo que eu sabia

Mmm, eu estou lhe dizendo agora
A melhor coisa que você pode fazer agora
É trocar um sorriso com alguém que esteja triste agora
É tão fácil, basta...

Encontrei um homem chorando à beira da estrada
Sem um amigo, não há como negar
Você está incompleto
Não haverá como encontrar
Buscando aquilo que você sabia

Então a qualquer hora alguém precisa de você
Não os desaponte, embora isto te aflija
Algum dia você precisará de alguém como eles
Buscando aquilo que você sabia

Mmm, eu estou lhe dizendo agora
A melhor coisa que você pode fazer agora
É trocar um sorriso com alguém que esteja triste agora
É tão fácil, basta...

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Lições da Água

No dia-a-dia, pensamos e agimos de modo tão mecânico e somos tão pouco dados a reflexões que não percebemos que seríamos mais sábios se seguíssemos o exemplo da água. Os mestres dizem: "A água vai pelo caminho mais fácil". Quando observamos nosso próprio comportamento, temos a impressão de que gostamos de complicar tudo: "Para que simplificar se podemos complicar?". Para os sábios orientais, qualquer coisa que exija esforço demais não é natural [1].

Uma relação de namoro em que se "venceu pelo cansaço" podemos tirar algumas lições: se existe muito esforço para conseguir algo, será também preciso o mesmo esforço para que esse algo seja mantido e isso pode ser muito desgastante. Haja vontade, tempo e paciência! E dinheiro também! E, ao contrário, quando as coisas acontecem naturalmente, elas se mantêm naturalmente. Não há esforço. E é bem mais barato...

Temos a tendência de considerar que o caminho mais fácil é o caminho mais curto. Pode até ser verdade em alguns casos, mas não é regra. O caminho mais fácil é o caminho mais fácil. Ponto. Não significa necessariamente o caminho mais curto. São o ego e a ansiedade que criam o desejo de que os caminhos mais fáceis sejam também os mais curtos. A água não tem ego nem pressa e o caminho que ela faz em direção ao mar é o do menor esforço e não o mais curto. Às vezes, ao contrário da vontade do ego, acontece de o caminho de menor esforço ser o caminho mais longo [O rio Tietê nasce a 22 quilômetros do mar (Santos), mas desemboca no mar depois de percorrer 5.100 km, na cidade de Buenos Aires].



A Água não briga com os Obstáculos

Assim como o rio tem o propósito de levar suas águas para o mar, nós também temos uma missão de vida a cumprir. Se ficarmos enroscados em cada um dos pequenos aborrecimentos do dia-a-dia, isso só vai envenenar nossa vida. Há um consumo grande de tempo e energia quando nos irritamos e brigamos com as pessoas. Não vale a pena. Quando temos um objetivo maior em vista, os pequenos contratempos perdem significado. Ou melhor, nossa tolerância aumenta. Sabedoria é agir com suavidade, com diplomacia, e não brigar com os obstáculos.


A Água se acumula até encontrar a Borda mais Baixa

Ao deparar com um buraco, a água se precipita até o fundo. Se não encontrar saída, ela se acumula e preenche o fosso. À medida que se acumula, o nível da água se eleva até encontrar uma borda baixa. Assim, ela sai do buraco e continua seu fluxo.

Numa transposição dessa situação para a vida humana, podemos fazer muitas reflexões. A frase "Quando a água cai num fosso, ela se acumula até encontrar a borda mais baixa" pode ser reinterpretada da seguinte forma: "Quando uma pessoa sábia (água) depara com uma situação de dificuldade (fosso), ela se interioriza (acumula-se) até que naturalmente encontra a saída mais fácil (borda mais baixa)".

Quando a água não encontra por onde escapar, ela se acumula. Numa situação complicada em que não existe solução imediata, o sábio também se acumula, isto é, volta-se para dentro de si em busca de recursos interiores. Faz da adversidade uma oportunidade para ficar quieto, para meditar, ver como está conduzindo seus ideais, quais são seus valores mais importantes e qual é o sentido da sua existência. O sábio "acumula" seus conteúdos interiores e isso faz que aumente o nível de sua consciência, do mesmo modo que o nível da água se eleva quando ela se acumula no fosso. Nesse processo de interiorizar-se, de elevar-se, a água e o sábio encontram a borda mais baixa, encontram a saída natural, o caminho que permite continuar o fluxo, a vida.

Quando o sábio observa o comportamento da água, percebe que a calma e a confiança na vida são essenciais para encontrar a saída mais fácil - e mais facilmente. Uma pessoa agitada e desesperada apenas se atrapalha numa situação difícil. A mente agitada é como a água de um lago que foi movimentada demais: ela fica turva. Só é possível enxergar o fundo do lago depois que a água entra em repouso e fica cristalina. No meio da agitação é difícil enxergar a situação com clareza.


O que mantém a Vida da Água é o Fluxo

"Água parada apodrece", diz o ditado popular. Se a água estiver em movimento, como um rio, a vida se mantém. Os mestres taoístas perceberam que tudo na vida é fluxo, tal qual a água. Se a vida é mutação, ciclo e impermanência, então a vida só poderia ser fluxo. Ou, ainda, a vida só se mantém por causa do fluxo. Basta pensar nas funções biológicas. Se nossas vias respiratórias estiverem obstruídas, não há fluxo de ar adequado e pode-se ter asma ou morte por asfixia. Outro exemplo: a circulação sangüínea. Alterações do fluxo do sangue causadas pelo entupimento das artérias por placas de colesterol podem fazer que nosso organismo entre em colapso, como nos casos de infarto. O chamado Acidente Vascular Cerebral (AVC), ou "derrame", também se deve a uma falha do fluxo de sangue, no caso, do sangue que irriga as células do cérebro.

O fluxo é necessário não só para abrir espaço para o novo, mas também para que todas as coisas à nossa volta sejam beneficiadas. Permitir o fluxo é beneficiar. Impedir o fluxo é prejudicar, é sinal de egoísmo, de apego. Se represarmos um riacho para ter água apenas na nossa propriedade, prejudicaremos a vida de tudo e de todos que vivem rio abaixo.


O Oceano é Grande porque fica no Lugar mais Baixo

Os chineses se perguntavam: "Por que o oceano é tão grande? Por que ele é a maior extensão de água que existe no mundo?". A resposta a que chegaram é simples e surpreendente: o oceano é grande porque fica no lugar mais baixo. Porque fica onde ninguém quer ficar, num lugar que as pessoas desprezam. Ninguém quer ficar por baixo. Todo mundo quer estar no topo do mundo, na ponta da pirâmide social, no escalão superior da hierarquia empresarial, no alto do pódium, na pole position. É isso que a sociedade competitiva nos ensina nas famílias, escolas e empresas.

Ao perceberem que o oceano é grande porque ocupa a posição mais baixa, os taoístas chegaram à conclusão de que só é grande aquele que é humilde. A água não se esforça para ficar nos lugares mais altos. Não tem intenção de ir para o topo das montanhas. Na Natureza, só uma pequena quantidade de água fica nos picos das montanhas. E mesmo assim é gelo, uma água fria, rígida e não a água fluida que promove a vida. O gelo se parece com alguns executivos: frios, rígidos, egoístas, que só pensam em lucros e vantagens, custe o que custar. Também não é diferente de alguns líderes espirituais egocêntricos que têm posturas rígidas, dogmáticas, e só querem exercitar o poder. Os sábios orientais valorizam a modéstia e a humildade. Eles sabiam que eram apenas instrumentos da Natureza e que só existe uma única missão nesta vida: servir. Era nessa humildade que estava (e está) a grandeza dos sábios.

Podemos trabalhar em qualquer atividade, mas a missão será sempre a mesma: servir. E servir significa beneficiar, usar nosso talento e nossos conhecimentos para colaborar para o desenvolvimento da humanidade. Servir é ser um instrumento dos valores mais elevados da vida, a Sabedoria, a Paz, o Humanismo e a reverência à Natureza. A missão, por essa óptica, não é um interesse pessoal e egoísta. Porisso ninguém deveria conceber que ser rico ou famoso possa ser uma missão de vida. Seria um objetivo muito pobre e não traria uma verdadeira alegria interior. Missão transcende interesses pessoais.

Devemos perceber que somos instrumentos de algo que ultrapassa o ego. O oceano é grande também porque acolhe todos os rios. Do mesmo modo, o sábio é grande porque dá atenção a todas as pessoas, sem distinção. Para ele, não existe ninguém imprestável. O tirano subjuga a população, o verdadeiro estadista serve ao povo. O arrogante é pequeno porque só quer vantagens pessoais, o sábio é grande porque é humilde e deseja o bem de todos.


Existe uma única Água no Mundo

A água que hoje alimenta e beneficia tudo que existe na Terra é a mesma desde a sua formação (desde a época dos dinossauros). Toda essa água circula na Terra sem cessar, desde a sua formação, há bilhões de anos. Tudo é cíclico. E é sempre a mesma água.

Ao beber um copo de água, não se bebe apenas água. Bebem-se todas as memórias da água (lembre-se do Masaru Emoto) e toda a história do planeta. A água que bebemos hoje já foi chuva, rio e oceano e também já foi usada por Jesus e Buda. Existe uma única água no mundo.

A percepção do ciclo da água levou os chineses à idéia de unicidade e, como conseqüência, a um sentimento de reverência. A água, para eles, não é só sábia, mas, especialmente, sagrada. Como tudo. Para os sábios, assim como a água é uma só, tudo no mundo é uma coisa só. E tudo é sagrado.

De acordo com essa visão, se tudo é uma coisa só, quando se toca uma parte, toca-se o todo. Tocar a folha é tocar a árvore. Ao se tocar os cabelos, toca-se a pessoa. A unicidade da água mostra que nada está isolado, nada está fora do todo e tudo forma uma única realidade. Em essência, nada e ninguém é melhor do que outra coisa ou outra pessoa. Tudo e todos merecem o mesmo respeito, a mesma reverência.

Gostar de uma parte é gostar do todo e gostar do todo é gostar de cada uma das partes. Respeitar a Natureza é respeitar cada gota de chuva, cada ser humano. Qualquer pedaço de algo sagrado é sagrado.

A água é discreta. Participa de todos os processos da vida do planeta e não se vangloria de nada. Procura os lugares mais baixos, acolhe a todos, se adapta às situações, flui, se interioriza, não briga com ninguém e não faz nada além de beneficiar as coisas. Humilde, a água não deseja nada a não ser servir a tudo e a todos. A água nos mostra a ligação de todas as coisas, que todos os fenômenos são a manifestação de uma coisa só, de uma coisa que é sagrada, transcendente. Por tudo isso, a água sempre foi uma mestra inspiradora para os sábios chineses.


Referência:
[1] Roberto Otsu, A Sabedoria da Natureza: Taoísmo, I Ching, Zen e os Ensinamentos Essênios, Editora Ágora, 2006.

Fonte:
Blog "Saúde Perfeita" de Rui Fragassi

quinta-feira, dezembro 06, 2007

O Tripalium


Trabalho deriva do latim "tripalium". O "tripalium" era um instrumento de tortura, usado para torturar escravos. Por sua própria conceituação, pode-se inferir a verdadeira natureza do "trabalho", a forma de atividade específica capitalista: uma atividade sem sentido, desvinculada das necessidades humanas sensíveis, cujo objetivo é transformar dinheiro em mais dinheiro. Mas com a terceira revolução industrial, o "trabalho" entra em colapso: robôs, mecanismos automáticos e malhas cibernéticas têm produtividade muito maior do que seres humanos. Não haveria motivo para lamentos, não fosse a irracionalidade dominante, que transforma isto em "desemprego" para uns e horas extras para outros. O potencial emancipatório das forças produtivas ainda está assumindo, contraditoriamente, a forma de sofrimento. No século XXI, já chegou o tempo da superação do trabalho.

(autor desconhecido)

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Boa noite aos remanescentes visitantes deste blog. Eu estou muito azedo!
Bom, não tenho feito muita coisa na vida, mas parece que consigo realizar uma façanha, não ter grandes atividades e não ter tempo, tempo de ser, tempo de ter... seria cômico se não fosse trágico.
Mas o que mais me incomoda realmente é este sono insistente e infinito que tenho tido ultimamente. Tudo parece tão igual, monótono, desinteressante, banal, estive pensando sobre isto esses dias, cheguei à conclusão de que estou muito azedo com minha vida profissional... solução? A mais rápida e prática, porém, aparentemente inviável seria não fazer mais p**** nenhuma, é isso mesmo!
Estive conversando com um amigo, e ele me disse algo interessante:
"...quem trabalha muito não tem tempo pra ganhar dinheiro..."
Acho mesmo que a coisa é bem por aí, cavocando e cavocando dentro da minha cabeça cheguei à uma outra conclusão:
Se dizem que nós passamos 1/3 da nossa vida dormindo (baseado na idéia de que dormimos 8 horas por noite), passamos então mais outro 1/3 das nossas vidas trabalhando!!! (numa jornada "normal" de 8 horas diárias). oO
Olha que triste!!
Vivemos realmente só o outro 1/3, isso sem contar os contratempos...
Pois é meus amigos, depois dessa acho que vale a pena pensar um pouquinho em quê e como empregar seu tempo, e tentar relaxar (faça o que eu digo, não faça o que eu faço ¬¬). Ou talvez o lance seja justamente o contrário, não pensar e viver... sei lá...

Bom, tenho reparado em mais uma coisa também, mas isso já é não só pessoal, é social. As pessoas têm cada vez mais o costume de indagar:
"- Poxa, o tempo está passando muito depressa, olha só, já é o fim do ano denovo."
Mas ninguém repara que o sistema político do país, senão do mundo, está desumano, um capitalismo nojento que atinge os que estão embaixo hierarquicamente, países sub-desenvolvidos em relação aos super-desenvolvidos, estado em relação a estado, cidade à cidade, bairro à bairro, e pessoa à pessoa... ¬¬
A questão é que temos todos trabalhado demais, a ROTINA de trabalho está nos matando e a vida, economicamente falando, nem se compara à de anos atrás. E mesmo que vc, unicamente vc, arrume um bom trabalho e ganhe legal, não adianta tanto porque é só vc assim, a população em geral sem grana gera mais violência, estresses e um clima péssimo de mesquinharia... ufa! Desabafei. Mas voltando ao contexto, as pessoas notam, e se queixam da desvalorização das horas, do tempo, ninguém mais consegue viver, relaxar, fazer o que tem vontade, por falta de tempo (e grana também, mas to aqui pra falar do tempo, dá licença?!?!). E pensando nisso me lembrei de um texto que tinha recebido há tempos atrás e guardado aqui, segue abaixo um trecho, trata-se aparentemente de uma teoria de psicologia e o nome é "Mude e Marque".


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M&M (Mude e Marque)

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo.

Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e "apagando" as experiências duplicadas.

Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar
(ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência). Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa...
São apagados de sua noção de passagem do tempo...

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir-as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... r-o-t-i-n-a. Não me entenda mal. A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

(autor desconhecido)

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É isso aí meus amigos, over the hills...
E este foi mais um post fantástico de Ederson enterteinment, espero que tenham apreciado, talvez até valido de alguma coisa.
Esta foi mais uma produção do blog fantástico de Ederson que poderia se chamar "Em busca de alguma coisa" (ou "No mundo da lua"), mas isso é só um detalhe.
E desculpem a ausência, se vcs pudessem saber como tenho me sentido...
Espero voltar a postar em breve novamente...
Abraços e considerações à todos.


Ederson R. Zanchetta - HOJE de ESTE MÊS de ESTE ANO