quinta-feira, dezembro 06, 2007

O Tripalium


Trabalho deriva do latim "tripalium". O "tripalium" era um instrumento de tortura, usado para torturar escravos. Por sua própria conceituação, pode-se inferir a verdadeira natureza do "trabalho", a forma de atividade específica capitalista: uma atividade sem sentido, desvinculada das necessidades humanas sensíveis, cujo objetivo é transformar dinheiro em mais dinheiro. Mas com a terceira revolução industrial, o "trabalho" entra em colapso: robôs, mecanismos automáticos e malhas cibernéticas têm produtividade muito maior do que seres humanos. Não haveria motivo para lamentos, não fosse a irracionalidade dominante, que transforma isto em "desemprego" para uns e horas extras para outros. O potencial emancipatório das forças produtivas ainda está assumindo, contraditoriamente, a forma de sofrimento. No século XXI, já chegou o tempo da superação do trabalho.

(autor desconhecido)

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Boa noite aos remanescentes visitantes deste blog. Eu estou muito azedo!
Bom, não tenho feito muita coisa na vida, mas parece que consigo realizar uma façanha, não ter grandes atividades e não ter tempo, tempo de ser, tempo de ter... seria cômico se não fosse trágico.
Mas o que mais me incomoda realmente é este sono insistente e infinito que tenho tido ultimamente. Tudo parece tão igual, monótono, desinteressante, banal, estive pensando sobre isto esses dias, cheguei à conclusão de que estou muito azedo com minha vida profissional... solução? A mais rápida e prática, porém, aparentemente inviável seria não fazer mais p**** nenhuma, é isso mesmo!
Estive conversando com um amigo, e ele me disse algo interessante:
"...quem trabalha muito não tem tempo pra ganhar dinheiro..."
Acho mesmo que a coisa é bem por aí, cavocando e cavocando dentro da minha cabeça cheguei à uma outra conclusão:
Se dizem que nós passamos 1/3 da nossa vida dormindo (baseado na idéia de que dormimos 8 horas por noite), passamos então mais outro 1/3 das nossas vidas trabalhando!!! (numa jornada "normal" de 8 horas diárias). oO
Olha que triste!!
Vivemos realmente só o outro 1/3, isso sem contar os contratempos...
Pois é meus amigos, depois dessa acho que vale a pena pensar um pouquinho em quê e como empregar seu tempo, e tentar relaxar (faça o que eu digo, não faça o que eu faço ¬¬). Ou talvez o lance seja justamente o contrário, não pensar e viver... sei lá...

Bom, tenho reparado em mais uma coisa também, mas isso já é não só pessoal, é social. As pessoas têm cada vez mais o costume de indagar:
"- Poxa, o tempo está passando muito depressa, olha só, já é o fim do ano denovo."
Mas ninguém repara que o sistema político do país, senão do mundo, está desumano, um capitalismo nojento que atinge os que estão embaixo hierarquicamente, países sub-desenvolvidos em relação aos super-desenvolvidos, estado em relação a estado, cidade à cidade, bairro à bairro, e pessoa à pessoa... ¬¬
A questão é que temos todos trabalhado demais, a ROTINA de trabalho está nos matando e a vida, economicamente falando, nem se compara à de anos atrás. E mesmo que vc, unicamente vc, arrume um bom trabalho e ganhe legal, não adianta tanto porque é só vc assim, a população em geral sem grana gera mais violência, estresses e um clima péssimo de mesquinharia... ufa! Desabafei. Mas voltando ao contexto, as pessoas notam, e se queixam da desvalorização das horas, do tempo, ninguém mais consegue viver, relaxar, fazer o que tem vontade, por falta de tempo (e grana também, mas to aqui pra falar do tempo, dá licença?!?!). E pensando nisso me lembrei de um texto que tinha recebido há tempos atrás e guardado aqui, segue abaixo um trecho, trata-se aparentemente de uma teoria de psicologia e o nome é "Mude e Marque".


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M&M (Mude e Marque)

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo.

Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar: nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e "apagando" as experiências duplicadas.

Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente. Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece? Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar
(ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa, no lugar de repetir realmente a experiência). Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa...
São apagados de sua noção de passagem do tempo...

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir-as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a... r-o-t-i-n-a. Não me entenda mal. A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

(autor desconhecido)

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É isso aí meus amigos, over the hills...
E este foi mais um post fantástico de Ederson enterteinment, espero que tenham apreciado, talvez até valido de alguma coisa.
Esta foi mais uma produção do blog fantástico de Ederson que poderia se chamar "Em busca de alguma coisa" (ou "No mundo da lua"), mas isso é só um detalhe.
E desculpem a ausência, se vcs pudessem saber como tenho me sentido...
Espero voltar a postar em breve novamente...
Abraços e considerações à todos.


Ederson R. Zanchetta - HOJE de ESTE MÊS de ESTE ANO

Um comentário:

Akasha disse...

"seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos."

Incrivel!

Amei o post;) Esse último texto é perfeitooooo

Rsrrs minha irmã tava me contando que viu na TV um psicologo loco dando uma entrevista ...ele explicava o modo interessante dele decorar as coisas -- como a placa do carro que começa com o numero 86 --- ele lembrava de um polvo sentindo frio --explicação - Um polvo tem 8 patas quando tá frio ele precisa esquentar as patas então ele usa meia = 8 patas usando meia = 86 Oo O cara era mesmo do mal rsrsrsrsr
e o cara tinha uma tese que o descanço do ser humano durante o sono acontecia apenas nos primeiros 15 minutos e o resto era tempo perdido, era pura preguiça, só que o problema é que já se acostumamos com essa "preguiça" e o cerebro criou a ilusão de ter a necessidade de longas horas diarias de disperdicio, quer dizer sono ...rsrsr mtu foda né rsrsrsr


bem bjus moço