E sigo sozinho
Como um gato notívago
Pelos telhados irregulares
Das casas emergentes
Telhas quebradas
Por entre lanças e espinhos
Caminho absoluto à noite
Caçando o almoço
Jantando a caça
Vivendo de graça em graça
Da vida que me mantém vivo
Como por algum interesse pessoal
Um gato noturno
Alheio a outros bichos
Com o seu próprio ritmo
E individualidade felina
Poucos vêem
Ninguém compreende
E com todo esse desalento
À minha subsistência vou vivendo
À minha condição, é apenas (...) ser.
Ederson R. Zanchetta – 27 de setembro de 2011