Não é o que mata o homem
O poeta não morre apenas
Se for de fome
O que mata a vida
O que cria a morte
O poeta morre
Antes que o corpo dorme
Esta triste vida de solidão coletiva
Acaba com o poeta e o desatina
O faz cair em qualquer esquina
Reduzido a nada
Então que fechem as cortinas
O que mata o poeta é a desilusão
À carne o reduz, limitação.
O que faz achar que tudo é vago e vão
Que nada além de um órgão é o coração
O que mata o poeta
Não é o que mata o homem
O poeta não morre apenas
Se for de fome.
(Ederson Radiz Zanchetta – 18 de Janeiro de 2007)
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