Como posso eu, agora assim, dormir?
Se me assolam memórias e lembranças, de quando, da companhia dela
Na minha cama seu suor e seu xampu no travesseiro
A infantil saudade, na minha cabeça abre um berreiro
Os minutos, se tornam horas e minha respiração, está dolorida
O perdido, apaixonado, não quer mais, nada desta vida
Peço que deixem a luz acesa quando fecharem a porta.
Cadê o fôlego, a vitalidade para viver, como sempre vivi, sozinho
Nunca imaginei, precisar tanto do teu pouco de carinho
Está difícil de passar esta noite, eu escrevo, para ver se me vejo
De repente, um pouco distraído. Porque se isto é tudo o que posso amar agora
Então escrevo, para amar neste papel. A carência, o lado carnal, humano, animal
As saudades daquele tempo, em que tudo estava bem, em que a vida era tão simples
Eu hoje aqui, lembrando de você, deitado escrevendo com carinho.
Há uma ebulição de sentimentos, uma excitação, um gozo da libido
Esta madrugada, tão clara e louca, hostil pulsa à minha cara
No meu relógio, não vejo horas, mas sei que já é tarde queria estar dormindo
Ederson R. Zanchetta - 25 de Agosto de 2009
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