Engenheiros do Hawaii - Negro Amor
(Bob Dylan - It's All Over Now, Baby Blue)
Vá, se mande, junte tudo que você puder levar
ande, tudo que parece seu é bom que agarre já
seu filho feio e louco ficou só
chorando feito fogo à luz do sol
os alquimistas já estão no corredor
quem não tem mais nada negro amor
a estrada é pra você e o jogo é a indecência
junte tudo que você conseguiu por coincidência
e o pintor de rua que anda só
desenha maluquice em seu lençol
sob seus pés o céu também rachou
e não tem mais nada negro amor
seus marinheiros mareados abandonam o mar
seus guerreiros desarmados não vão mais lutar
seu namorado já vai dando o fora
levando os cobertores? e agora?
até o tapete sem você voou
quem não tem mais nada negro amor
as pedras do caminho deixe para trás
esqueça os mortos eles não levantam mais
o vagabundo esmola pela rua
vestindo a mesma roupa que foi sua
risque outro fósforo, outra vida, outra luz, outra cor
quem não tem mais nada negro amor
...
Uma música nostálgica para um momento característico...
Uma das primeiras mil baladinhas tiradas no primeiro violão de nylon...
Uma das melhores bandas do rock nacional...
Uma bela versão pra uma música de um grande compositor...
E não tem mais nada, nada, nada negro amor...
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Pontos, vírgulas e EU.
Não tem sido fácil, de fato, a vida é "bem louca", as coisas boas e ruins vêm e vão, é tudo como num grande ciclo, a única coisa que parece utópico dizer é:
- puxa, estou bem agora!
Engraçado, trágico, dramático, cômico. Tanto faz, mas acima de tudo, real!
Minha mãe andou mal de saúde;
Meu irmão cada vez com tudo mais certo pra ir embora para os EUA;
Eu desempregado;
A banda progredindo e eu tocando mais;
Novas crises de humor, tristezas e coisas do (ano) passado;
Meu pai, após 4 anos de total reclusão, voltou a falar comigo e se diz inclusive preocupado e afim de me ajudar;
Muitas pressões e eu mais recluso socialmente, mais só, e às vezes sentindo-me obsoleto.
Uma vida profissional que parece de atleta de natação... Nada, e mais nada... ¬¬
Minha vida tá parecendo a velha piadinha infame do "cor sim, cor não". ¬¬
Eu não tenho pensado em várias soluções para várias pequenas coisas distintas, não quero bater vários pregos na parede afim de pindurar quadros, individualizar problemas os fazem parecer mais complicados, eu tenho só um problema à resolver. Ederson...
Saberei respeitar sempre as condições de ser-vivo, sei que terei sempre percalços durante a vida, mas gostaria mesmo hoje de viver um pouco melhor, menos tenso, mais "light"...
Além de tudo tenho problemas com o sub-mundo capital, comercial como já sabem. A idéia de gerar lucro e ser subordinado nunca me foi realmente aceitável, mas hoje creio que estou mais maduro do que nunca e gostaria muito de empreender algo. Mesmo com todos os projetos de banda e vida artística, paralelo como "backup" gostaria ter um negócio...
Ao menos tenho algumas idéias em mente...
Petulância? Arrogância? Ou auto-valorização?
Acho que talvez seja artista demais pra ficar nos bastidores, artilheiro demais pra ficar no banco, ou muito grande pra ficar em "stand up" (mesmo que, confuso, já tenha me submetido a tais condições nesta vida... Ou, dependendo do ponto de vista, esteja nessa desde sempre até hoje).
Desculpem-me decepcionados que após algum tempo entram aqui e vêem esta nova postagem parecida com antigos relatos, podem estar pensando: "Porra, mas ele não cresce!"
Boa parte de mim não passa de sonhos, eu sei, mas dos maiores sonhos de criança é que vem as maiores realizações adultas.
Este lance de ponto de vista é interessante, tenho visto realmente muito de perto uma definição de dualidade. Eu posso ter construído um pequeno império social, ter um belo figurino e ter centenas de fãs e admiradores na minha pequena cidadezinha de duzentos mil habitantes, mas eu não vivo bem, ser um pseudo-astro não me satisfaz. Eu não preciso renascer, reconstruir, reexistir, eu preciso apenas fazer isto pela primeira vez.
- puxa, estou bem agora!
Engraçado, trágico, dramático, cômico. Tanto faz, mas acima de tudo, real!
Minha mãe andou mal de saúde;
Meu irmão cada vez com tudo mais certo pra ir embora para os EUA;
Eu desempregado;
A banda progredindo e eu tocando mais;
Novas crises de humor, tristezas e coisas do (ano) passado;
Meu pai, após 4 anos de total reclusão, voltou a falar comigo e se diz inclusive preocupado e afim de me ajudar;
Muitas pressões e eu mais recluso socialmente, mais só, e às vezes sentindo-me obsoleto.
Uma vida profissional que parece de atleta de natação... Nada, e mais nada... ¬¬
Minha vida tá parecendo a velha piadinha infame do "cor sim, cor não". ¬¬
Eu não tenho pensado em várias soluções para várias pequenas coisas distintas, não quero bater vários pregos na parede afim de pindurar quadros, individualizar problemas os fazem parecer mais complicados, eu tenho só um problema à resolver. Ederson...
Saberei respeitar sempre as condições de ser-vivo, sei que terei sempre percalços durante a vida, mas gostaria mesmo hoje de viver um pouco melhor, menos tenso, mais "light"...
Além de tudo tenho problemas com o sub-mundo capital, comercial como já sabem. A idéia de gerar lucro e ser subordinado nunca me foi realmente aceitável, mas hoje creio que estou mais maduro do que nunca e gostaria muito de empreender algo. Mesmo com todos os projetos de banda e vida artística, paralelo como "backup" gostaria ter um negócio...
Ao menos tenho algumas idéias em mente...
Petulância? Arrogância? Ou auto-valorização?
Acho que talvez seja artista demais pra ficar nos bastidores, artilheiro demais pra ficar no banco, ou muito grande pra ficar em "stand up" (mesmo que, confuso, já tenha me submetido a tais condições nesta vida... Ou, dependendo do ponto de vista, esteja nessa desde sempre até hoje).
Desculpem-me decepcionados que após algum tempo entram aqui e vêem esta nova postagem parecida com antigos relatos, podem estar pensando: "Porra, mas ele não cresce!"
Boa parte de mim não passa de sonhos, eu sei, mas dos maiores sonhos de criança é que vem as maiores realizações adultas.
Este lance de ponto de vista é interessante, tenho visto realmente muito de perto uma definição de dualidade. Eu posso ter construído um pequeno império social, ter um belo figurino e ter centenas de fãs e admiradores na minha pequena cidadezinha de duzentos mil habitantes, mas eu não vivo bem, ser um pseudo-astro não me satisfaz. Eu não preciso renascer, reconstruir, reexistir, eu preciso apenas fazer isto pela primeira vez.
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
terça-feira, fevereiro 05, 2008
Wish you were here
Então, então você acha
que consegue distinguir
O céu do inferno
Céus azuis da dor
Você consegue distinguir
um campo verde
de um frio trilho de aço
Um sorriso de um véu
Você acha que consegue distinguir
Fizeram você trocar
Seus heróis por fantasmas
Cinzas quentes por árvores
Ar quente por uma brisa fria
Conforto frio por mudança
Você trocou
Uma pequena participação na guerra
Por um papel principal numa cela
Como eu queria
Como eu queria que você estivesse aqui
Somos apenas duas almas perdidas
Nadando num aquário
Ano após ano
Correndo sobre o mesmo velho chão
O que encontramos
Os mesmos velhos medos
Queria que você estivesse aqui
...............................................................................
Esta é a famosa música "Wish you were here", do álbum homônimo, um dos maiores sucessos do Pink Floyd. Apesar de parecer uma música com um tema romântico, ela foi escrita para Syd Barret, primeiro guitarrista da banda, que teve de ser substituído por David Gilmour (que era seu amigo) devido a problemas de saúde mental.
Eu tenho um quintal amplo e nele uma bela árvore bem no centro, uma bela árvore que dá muitos frutos. E eu vivo assim, satisfeito com os frutos que esta bela árvore me dá, vou comendo seus frutos sempre que desejo. A árvore é propriedade minha.
Eu gosto mais da minha árvore do que dos frutos que como, a árvore eu não como, mas as frutas se acabam, uma de cada vez, cada uma tem seu começo meio e fim, até sobrar só a semente. São várias, mas que quando acabam terminam, já á árvore é a mesma desde sempre.
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