segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Pontos, vírgulas e EU.

Não tem sido fácil, de fato, a vida é "bem louca", as coisas boas e ruins vêm e vão, é tudo como num grande ciclo, a única coisa que parece utópico dizer é:
- puxa, estou bem agora!
Engraçado, trágico, dramático, cômico. Tanto faz, mas acima de tudo, real!

Minha mãe andou mal de saúde;
Meu irmão cada vez com tudo mais certo pra ir embora para os EUA;
Eu desempregado;
A banda progredindo e eu tocando mais;
Novas crises de humor, tristezas e coisas do (ano) passado;
Meu pai, após 4 anos de total reclusão, voltou a falar comigo e se diz inclusive preocupado e afim de me ajudar;
Muitas pressões e eu mais recluso socialmente, mais só, e às vezes sentindo-me obsoleto.
Uma vida profissional que parece de atleta de natação... Nada, e mais nada... ¬¬

Minha vida tá parecendo a velha piadinha infame do "cor sim, cor não". ¬¬
Eu não tenho pensado em várias soluções para várias pequenas coisas distintas, não quero bater vários pregos na parede afim de pindurar quadros, individualizar problemas os fazem parecer mais complicados, eu tenho só um problema à resolver. Ederson...
Saberei respeitar sempre as condições de ser-vivo, sei que terei sempre percalços durante a vida, mas gostaria mesmo hoje de viver um pouco melhor, menos tenso, mais "light"...
Além de tudo tenho problemas com o sub-mundo capital, comercial como já sabem. A idéia de gerar lucro e ser subordinado nunca me foi realmente aceitável, mas hoje creio que estou mais maduro do que nunca e gostaria muito de empreender algo. Mesmo com todos os projetos de banda e vida artística, paralelo como "backup" gostaria ter um negócio...
Ao menos tenho algumas idéias em mente...
Petulância? Arrogância? Ou auto-valorização?
Acho que talvez seja artista demais pra ficar nos bastidores, artilheiro demais pra ficar no banco, ou muito grande pra ficar em "stand up" (mesmo que, confuso, já tenha me submetido a tais condições nesta vida... Ou, dependendo do ponto de vista, esteja nessa desde sempre até hoje).
Desculpem-me decepcionados que após algum tempo entram aqui e vêem esta nova postagem parecida com antigos relatos, podem estar pensando: "Porra, mas ele não cresce!"
Boa parte de mim não passa de sonhos, eu sei, mas dos maiores sonhos de criança é que vem as maiores realizações adultas.
Este lance de ponto de vista é interessante, tenho visto realmente muito de perto uma definição de dualidade. Eu posso ter construído um pequeno império social, ter um belo figurino e ter centenas de fãs e admiradores na minha pequena cidadezinha de duzentos mil habitantes, mas eu não vivo bem, ser um pseudo-astro não me satisfaz. Eu não preciso renascer, reconstruir, reexistir, eu preciso apenas fazer isto pela primeira vez.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Eu não preciso renascer, reconstruir, reexistir, eu preciso apenas fazer isto pela primeira vez"

^^