segunda-feira, outubro 22, 2007

O vento e eu


O vento morria de tédio porque apenas gostava de cantar mas não tinha letra alguma para a sua própria voz, cada vez mais vazia... tentei então compor-lhe uma canção tão comprida como a minha vida e com aventuras espantosas que eu inventava de súbito, como aquela em que menino eu fui roubado pelos ciganos e fiquei vagando sem pátria, sem família, sem nada neste vasto mundo... mas o vento, por isso me julga agora como ele... e me dedica um amor solidário, profundo!
Mário Quintana

4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, este é realmente lindo! De verdade! De tantos que lí duma vez em um blog dedicado à ele, este me chamou atenção...
Como viaja não?!?!
Como ultrapassa as barreiras do som, da luz, do futuro, passado, finito infinito de coisas e nada...
Qualquer coisa aqui seria mais interessante do que meus textos depressivos, porém, se toda busca de qualquer coisa me trouxessem coisas assim, poemas como este...
(...)
Eu diria:
-Obrigado à todos vcs, aos que me amam e me ajudam, mas troco hj minha grande e promissora vida por... qualquer coisa...

Anônimo disse...

Sou vento no asteca
E vc tb é...

Beijos

Akasha disse...

Bem...esse é o segundo post seu que roubo e coloco no meu album ^^... vai lá ver... esse poeminha é lindo pra caraio né ...puts...e me passa depois lá o baguio q vc escreveu blz

bjus

Carmen Monteiro disse...

Pode postar tranquilo, Ederson :) Afinal de contas é isso mesmo que eu quero, divulgar os escritos do Mario Quintana, né?

Abraço