quarta-feira, setembro 26, 2007

Um Pequeno Imprevisto

Questiona-se, questiona-se, questiona-se...
Mas que droga, estou me sentindo estranho... oO ohhhh
Não, na boa, há mil formas de sentir-se estranho, eu to meio daquele jeito "de boa"
Como depois de uma grande tempestade quando vem aquele sol por entre nuvens...
ainda está aquele ar húmido, o céu em sua maioria cinza, mas aqueles raios já aparecendo, sei lá, é bonito, gostoso, confortante...

Não! Não está tudo bem, "tudo" é muito para se estar bem, mas sei lá, talvez isso seja alguma auto-defesa do cérebro, para que eu relaxe...
Andei aqui nos últimos minutos pensando, sei lá, essa sensação de calmaria que descrevi acima dá aquela sensação de altivez e paz aonde vc pode reparar o quanto as pessoas podem/costumam ser medíocres, e dá até pra sentir-se parte dessa massa errante ao olhar pra alguns momentos passados da vida, mesmo que esse passado tenha sido há horas ou minutos atrás.

Algo que sempre me preocupou e eu nunca escondi, é o meu receio com má interpretação, talvez por isso eu tenha aprendido sozinho um pouco melhor a escrever. Já fui muito criticado quando comentei isso com pessoas durante minha trajetória, tipo, "não se importe tanto com o que pensam", não é bem essa a questão, mas me importo com má interpretação sim, talvez eu esteja viajando aqui, esteja pensando nisso agora por ficar pensando muito em tudo, é, eu sou meio assim...

Em momentos como esse acho besteira coisas que eu mesmo posso ter dito/escrito...
Não é minha supremacia individual minha meta de vida, nem minha soberania egocêntrica. E eu não quero, nem nunca quis colecionar cabeças de pessoas como troféus na minha parede, nem quaisquer outros órgãos empalhados como troféus também sobre minha mesa...
Me desculpe, mas eu acredito ter aparentado isso em alguns momentos sim, acredito ainda, não ser uma pessoa medíocre realmente, e mesmo tendo sérios problemas com auto-estima, eu venho aqui hoje falar "bem" de mim, como são as coisas não?!

Todos parecemos superficiais às vezes, mas acredito que de alguma forma ninguém seja de fato, a questão é que em certos pontos as pessoas podem ser tão individuais que torna-se difícil reconhecê-las, mas não seria justo um mundo onde pessoas de uma mesma raça (a humana) fossem compostas por carne e outras por plástico...
Diferenças existem, às vezes pessoas parecem reluzir diante de nossos olhos por simplesmente ter algo de familiar com o que nós temos dentro de nós mesmos, mas isso não significa qualquer tipo de superioridade, sei que parece estranho eu dizendo tudo isso, mas só eu tenho a senha do meu blog.
Seria muito mais fácil um homem tornar-se líder por uma mentira, do que por uma verdade, Hitler sabia disso:


"O modo de sentir do povo é simples e elementar. O esquema de interpretação do mundo só tem dois polos: positivo e negativo, bem ou mal"

"As massas têm uma inteligência modesta. A propaganda deve basear-se sobre pouquíssimos pontos, repetidos incessantemente"

"É muito mais fácil envolver o povo numa grande mentira do que numa pequena"

"Se a mentira tiver proporções exageradas, nem passará pela cabeça das pessoas ser possível arquitetar tão profunda falsificação da verdade"

"É dever do líder mostrar que os inimigos pertencem a uma única categoria: individualizá-los pode provocar nas massas dúvidas sobre a justeza de seu direito"

(Adolf Hitler)


Sim, e eu também sempre soube, confesso que já pensei, mas no fundo isto não me interessa, continuo caminhando sobre calçadas e cruzando sargetas simples do interior paulista a pé, ao invéz de chegar à algum reinado por um algo que em algum outro momento como o que estou tendo agora me fará sentir mal.
Não, isso não é uma crise de humildade aguda, nem qualquer tipo de tacada de mestre.
Aliás, estou escrevendo tão clara e sinceramente aqui como infelizmente não consigo fazer sempre.

Jogos às vezes excitam minha carne, e eu os jogo, conheço algumas regras, mas continuo buscando por um lugarzinho aonde quer que seja, onde eu possa ser eu mesmo, talvez eu me ame, sim! Talvez eu me ame tanto que gostaria de me compartilhar e é duro não poder, isso sim me parece uma grande diferença da maioria, apenas uma característica...

Well, este sim ficou um post completamente desforme em sentido de texto literário, eu estive nos últimos minutos conversando com vc meu amigo, mesmo que vc esteja apenas lendo. Talvez eu estivesse buscando com isso algum tipo de integridade, vc se sentir prostituído, violado sem se vender, e sem estar com um puto no bolso é estranho, é o cúmulo da sensação estranha vc sentir que não tem nada, mas se ver perdendo coisas na vida. Isso me lembra até aquela piadinha:
O que é, o que é que quanto mais se tira, maior fica?
R: terra do buraco.

Agora vou postar aqui pra encerrar a letra da música que escutei no repeat enquanto escrevi isso tudo. Sei que o som não parece muito a minha cara, eu nunca ouço mesmo, ganhei o CD em algum aniversário, 13, 14 ou 15 anos, mas esta música sempre me fez guardá-lo.


Os Paralamas do Sucesso - Um Pequeno Imprevisto

(Hebert Vianna)

Eu quis querer o que o vento não leva
Pra que o vento só levasse que eu não quero
Eu quis amar o que o tempo não muda
Pra que quem eu amo não mudasse nunca

Eu quis prever o futuro, consertar o passado
Calculando os riscos bem devagar, ponderado
Perfeitamente equilibrado

Até que um dia qualquer, eu vi que alguma coisa
mudara
Trocaram os nomes das ruas, e as pessoas tinham
outras caras
no céu haviam nove luas
e nunca mais encontrei minha casa

no céu haviam nove luas
e nunca mais eu encontrei minha casa

Um comentário:

Akasha disse...

Eu amu essa música ^^
" Eu quis querer o que o vento não leva"

é perfeita ^^

"Até que um dia qualquer...
no ceu havia nove luas e nunca mais eu encontrei a minah casa .."

d+++

é foi um post + ou - descent ^^ rsrs

bjus